Noite de Paricá
Chamei o sono, veio você,
você na folha do paricá,
pastei nos campos de Oxelê,
deitei na rede do Grão-Pará
Pisei a nuvem que não se vê,
vesti o manto de Yemanjá,
fechei o corpo, não sei porque,
pedi cachaça com guaraná.
E, de repente, se fez a semente,
em quarto crescente a lua brilhou,
brilhou sobre o lago parado,
recanto encantado num canto de amor.
Abri os braços em tantos abraços,
lenços e laços que a noite lançou,
lançou na maré da vazante,
várzeas e ventos, na voz que chegou.
(Paulo André e Rui Barata)
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NOITE DE PARICÁ
Dy, é sempre muito bom ler um poema de Rui Barata.obrigada por me dar esse privilégio.beijos.